Zhong-Yang Huang







Para a Fada...



Universo que eu queria ...

Me acalenta e acabo me vestindo em poesia...

Vontade de delicadezas sonhadas,

idealizadas nesta Arte visual belíssima,

plenificada na palavra poética e sensível do Lucio...

tão melancólico e despido de tanta...nem sei...

Me emociono, com vontade de chorar diante do Belo...

Vontade de por vocês no colo, embalá-los...

Obrigada pela oferta de estrelas...Beijos.

Gaiô

Zhong-Yang Huang







Coisa de Poeta.


Poeta se achega pertinho.
Tenho um atalho
bem costurado na periferia de mim.
Perfaz o contorno,
atravessa o ser recortado em retalhos,
de eus que imaginam, se buscam encontrar.
São sonhos perdidos
em "sous" iludidos
montagem/colagem
se encontram.
O poeta sorri.
remendos se encantam
em composição
de um feliz
coração.

Gaiô 


Zhong-Yang Huang






Pensando...

...E tudo transcende o material...
que impregna o vivente...
goles sôfregos de eternidade,
asas de infinitude...
no impermanente...

Gaiô

Zhong-Yang Huang









Presente.

Nossa! Meu coração pulou! Já pensou?
Olhos vidrados faiscam! Nem piscam!
Como criança encantada diante da fada!

Gaiô

Zhong-Yang Huang







Assombrado.


As amarras se complicam
ao caminhante que oscila
na perda do espontâneo.
Assombrado pelo medo,
pela crítica,
navegante de si mesmo
recua, se refugia
sem coragem de enfrentar
O olhar iluminado,
a paz libertadora,
nas profundezas
do mar...

Gaiô




Zhong-Yang Huang







Canto ao amor inteiro.


Ah! O amor!Face antiga da presença,
Frente à frente de inteireza,
Ultrapassa o que idealiza,
Se constrói em cotidianos do que sofre,
Sem perder jamais beleza.

Ah! Tanto tempo!
Juntos, almas se descobrem
Em profunda diferença.
Se congraçam em sintonia,
Se doam, se entrelaçam,
Unem sombras, vestem luzes,
se assombram no espanto,
redescobrem no reencontro
outra medida, todo dia.

Se espelham nos desejos,
Ultrapassam egos pobres,
Se entregam docemente
De fortuna e de pobreza,
Nem sempre de tanta certeza.

Lá na fonte ramifica,
suas raízes são mais fundas.
Geram força e energia,
Tudo vence do que dói,
Resplandece o que transcende
No tudo que se constrói.

Gaiô


Zhong-Yang Huang








Da branca luz do sol. (ALQUIMIA)


Alva alma, vestida de branco
sem ser pura, se teceu de sol,
bravura em cores, não só ternura...

Mesclada em texturas
vibrantes, quentes,
se lambuzou de flores
imersa em dores, amores.

Esmaecida, pálida, fria,
se escondeu da alegria,
na dança da vida envolvida.
E roda, mesmo ferida,
toda energia gira veloz,
vestida de branco-alquimia.

Envolta em luz, poesia,
Adentra a mistura de cores
Encontra na ruptura,
o branco, a paz...
Tudo o que queria?

Gaiô

Zhong-Yang Huang







Imersa.


Como posso estar imersa na mais pura poesia,

a cada nobre ou corriqueiro dia,

sem dar conta que é carícia do mistério

que circunda toda a terra,

de palavras voejantes,

asas mágicas, leves, vibrantes!

Brisa abraça morna ou fria,

luz gelada, sombra acalorada,

noite ou dia arrepia almas nuas,

mora em mim deslumbramento,

vestida de ternura...

Sem dar conta,

vivo imersa

na mais pura

poesia...


Gaiô

Zhong-Yang Huang





Magia e Poesia.

Volto sempre, que preciso
de tudo isso.
Navego só
com o compromisso
do imaginário,
matéria que toca
a alma das coisas
num resgate do percurso
da magia, fome simbólica,
Idéias! Moderna Ilíada.

Animismo manifesto
do abstrato, do sensível,
inteligível sumo,
sem o vazio
do saturado consumo.

E me encaixo em sensações
vestindo o amarelo ipê,
me inundo de plena imagem,
da mais pura novidade:
sem razões, nem por quês.

Neste espaço-poesia
refúgio de encantamento
refaço a minha coragem...
renasço a cada momento,
de magia ouvindo e vendo
todo dia...
Miragem invento.

GaiÔ.

Zhong-Yang Huang






Esperança à Espera.

...E elas se uniram solidárias, fortes no intento comum:
Vencer e avançar barreira que as impediam de ver o horizonte,
em promessa de mágica luz da libertação por vir...

Gaiô.

Zhong-Yang Huang






Liberdade.

A liberdade que sinto, sente um consenso.
Um consenso que às vezes invento,
do tamanho dos meus ais,
dos meus risos e soluços tão normais.
Nada profuso, quando mergulhado estou.
É um senso comum, consensual, bom senso
do que sinto, pressinto e sou.

Gaiô 

Zhong-Yang Huang






De amor, luz e flor.

Em minha casa há sempre uma varanda iluminada a partilhar.
Se dentro, aconchego o acolhe e abraça,
Se fora, toda a luz do mundo, seu ser abarca...

Gaiô.




Zhong-Yang Huang 

Zhong-Yang Huang era encorajado por seus pais a desenhar e pintar desde os quarto anos de idade. Aos oito, iniciou seu treinamento formal em caligrafia e pintura chinesa. Durante a revolução cultural chinesa, o governo bloqueava a criatividade individual e muitos artistas e escritores eram forçados a trabalhar como operários. Isso aconteceu com Huang aos quinze anos, fazendo com que trabalhasse na agricultura por dez anos. Mesmo assim, continuava a pintar.
Zhong-Yang Huang formou-se na Guangdong Province Art and Craft Academy ao final da revolução, obtendo seu mestrado em 1981 e trabalhando como instrutor até 1984, quando teve oportunidade de visitar o Canadá, onde obteve seu segundo mestrado.
Vivendo no Canadá, encontrou a liberdade artística para se expressar. Huang pode optar entre fazer uma crônica de pessoas e lugares da história chinesa, mas seu trabalho é influenciado por muitos movimentos da história da arte, como dos pré-rafaelitas, os impressionistas franceses e o grande Rembrandt.

http://www.painting-palace.com/en/artists/4449-zhong-yang-huang